sexta-feira, 30 de abril de 2010

POSTAIS DESENHADOS














Postais não circulados, desenhados a tinta da china, não assinados.


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quarta-feira, 28 de abril de 2010

«HINO QUINZENA: Copos erguidos Todos bebidos»







«HINO QUINZENA

Copos erguidos
Todos bebidos
Sem um enfado
Almas perdidas
Um travo amargo

Só tu Barata
Com toda a lata
Fôste levado
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
É engraçado

Há sempre arrotos
Há olhos tortos
Grande alegranço
Muito comida
Muita bebida
Muito abicanço

Pelas dez horas
Muitas senhoras
Saiem com pena
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Isto é Quinzena

Temos doutores
Bons pescadores
Inté campistas
Temos navalhas
Fósforos, mortalhas
Até fadistas

Nossa amizade
Nossa bondade
Não é pequena
Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Isto é Quinzena
(Bis)»

[Dentro de um envelope da Junta Nacional do Vinho.]







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terça-feira, 27 de abril de 2010

caguei para o tratamento



«Cópia de uma carta existente na Biblioteca de Lisboa, dirigida pelo corregedor de Santarém, ao Duque do Cadaval, corregedor Maior do Reino.

               Exmº. Senhor
               Duque do Cadaval:
Se o meu nascimento, me pôs em circunstâncias de V. Exª. me tratar por tu….. caguei para mim; se o honroso cargo que exerço de corregedor de Santarém permite a V. Exª, me tratar por tu, ….. caguei para o cargo. Mas se melhor linguagem não tiver para um funcionário da minha categoria, …… caguei para o tratamento?!
Peço pois, a V. Exª, me informe sobre estas particularidades, para saber ao certo, se deverei cagar para V. Exª..
Santarém, 22/10/1075»


Observação: Esta missiva atribuída a Diogo Inácio de Pina Manique, circula como verídica, no entanto, segundo estudiosos da temática mais não é que uma antiga anedota que vai sendo imputada ao longo da história a diversos personagens ilustres.
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

«Regarde-moi homens destroem o diabo LA FLAMME quer Deus com violência»







«Regarde-moi homens destroem o diabo LA FLAMME quer Deus com violência»


[Colagem num Postal não circulado, com carimbo de uma empresa de plásticos, autor desconhecido]


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sexta-feira, 23 de abril de 2010

TELEGRAMAS – ENDERÊÇOS ABREVIADOS


TELEGRAMAS
ENDERÊÇOS
ABREVIADOS
SE V. EX.A RECEBE
MUITOS TELEGRAMAS,
LEMBRE-SE

          - Que qualquer pessoa singular ou colectiva pode registar nas estações telgráficas dos Correios e Telégrafos uma palavra convencional que sirva de endereço aos telegramas que lhe sejam dirigidos;
          - Que a palavra a escolher deverá sujeitar-se às seguintes condições:
                              - Não ter mais de 15 caracteres latinos;
                              - Não ser um nome próprio ou apelido;
                              - Não se encontrar ainda registada em nome de qualquer outra pessoa;
                              - Que o proprietário de um enderêço telgráfico pode registar mais de uma direcção, com a indicação das horas a que nas diferentes moradas devem entregar-se os telegramas que lhe são dirigidos;
                              - Que esta regalia implica apenas o pagamento de 50 por centos das taxas da nossa tabela por cada registo de morada além da primeira;
                              - Que a nossa tabela é a seguinte:


LOCALIDADES
Ano
Semestre
Último
trimestre
do ano
Lisboa e Pôrto .   .   .   .   .   .   .   .
180$00
100$00
60$00
Capitais de distrito  .   .   .   .   .   .
80$00
50$00
30$00
Outras localidades  .   .   .   .   .   .
50$00
30$00
20$00


Por cada alteração de horário
ou morada    .    .    .    .    5$00
CTT

Apontamentos manuscritos no panfleto:

Êu agora queria ficar a recebe a pensão no domicilio e já me enfumei no correio e dissão que os carteios que tratam disso

disseste que deixavas o dinheiro como até á data não deixaste e para te lembrar

Recebi a sua cartinha que muito agradeço, assim como os parabéns.
Eu cá vou indo muito velha, e adoentada, até que Deus queira.

Querida! Agradeço as boas festa. Um bom Ano Novo te desejo. Beijo muito beijo saudades da ama á Ermance e famíla









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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Manu Scriptum Livro II

Manu Scriptum - XX - Livro 2

Também disponível na Bubok.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

"A MADEIRA É UM POSTAL"







BILHETE POSTAL

EDIÇÃO DA DELEG. DE TURISMO DA MADEIRA
LITO DE PORTUGAL – LISBOA



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terça-feira, 20 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 - CONCLUSÃO



Há imagens que valem por mil palavras…



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segunda-feira, 19 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 - 14 - “As Companhias já estão a fazer a sua retirada …”


 Localidade, 7-8-74

Amigo Beto Sardinha:

Aqui me encontro novamente em África, mas nesta vez na Répública da Guiné Bissau. Ontem fui colocado em Localidade, pequena localidade a 70 km de Bissau. É uma das melhores zonas, onde há restaurantes e cinema e transporte todos os dias para Bissau.

As Companhias já estão a fazer a sua retirada e segundo fontes oficiais já devo ir passar o Natal a casa, o que são só mais 5 meses e está na mata.

Bem vou-te escrevendo e relatando os acontecimentos.

Então as fotos? manda isso, pois tenho que as distribuir pelas minhas fãs.
E é tudo, abraços à malta e tu recebe também um forte abraço do amigo.

Nito



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sexta-feira, 16 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 - 13 – “…Em momento algum eu pensei trocar-te por outro …”



Mas tu meu amor andas sempre no meu pensamento porquê te torturas a ti, e me fazes torturar desta maneira cruel já não habitual na época em que estamos.
Nunca te traí e jamais era capaz de o fazer. Espero que o tempo te faça compreender e ganhar confiança em mim, porque eu mereço-a, tu podes sofrer mas é diferente porque tu distraíste com os teus amigos sais com eles eu não aqui estou metida convidam-me para sair, não saio não tenho disposição para tal. Penso no meu amor;


Quero-te meu amor
toda a vida.
Volta depressa meu
amor.

Amo-te
Adalberto Pereira Graça

Amar-te-ei
com todas
as minhas
forças.
Lisa


Vamos recomeçar tudo de novo meu amor e jamais te arrependerás.
AMO-TE
BETO
Porquê não
voltas já meu
Querido porquê
estás à espera do
mês das minhas
férias.
Em momento algum
eu pensei trocar-te por
outro alguém depois de
que te conheci só tu
existes no meu coração
na minha alma.
Volta meu Querido eu estarei
a esperar-te
Meu grande
bem.
Amo-te.



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quinta-feira, 15 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 – 13 - “…não penses em momento algum que sou aventureira …” - 02




“…Eu Querido Beto não me incomodo nada com o que possam pensar o falar, só há uma coisa que me preocupo é ao nosso «o nosso amor não pode acabar». Meu amor são neste momento 24 horas e 20 minutos, um grande silêncio de vez em quando o barulho de alguns carros ou motorizadas e é só, Porquê amor não me vieste buscar? Porquê amor não serei digna do teu amor?
Não meu querido não penses em momento algum que sou aventureira, não se o fosse, tenho algumas possibilidades e podia ir agora para Lisboa nas minhas férias mas não me sinto bem longe de ti; também não penses que gosto de falar com todos os homens que falam para mim, não meu amor simplesmente gosto de falar com pessoas delicadas e que me respeitam, e sabes perfeitamente se eu notar ate um olhar abusador imediatamente essa pessoa perde todo o valor para mim gosto de falar mas ser respeitada porque eu também me dou ao respeito. Tenho passado em muitos sítios em que me chamam arisca e antipática, mas claro quando são pessoas que são educadas comigo claro que retribuo da mesma maneira dentro do respeito quando me dirigem algum piropo faço que não ouvi e imediatamente mudo de assunto isto por exemplo em qualquer estabelecimento a que eu vá. …”








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quarta-feira, 14 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 – 13 - “…não me incomodo nada com o que possam pensar …”



Localidade 2/6/1974
Beto
Meu amor

Este Domingo que passei não desejo jamais, amor eu nada te fiz para sofrer desta maneira tão cruel, porquê tu me vieste iludir de que talvez fossemos à praia porquê eu sou parva e acredito em ti esperei-te durante toda a tarde, tu até me falaste que me telfonavas, porquê não o fizeste, não me amor não mereço sofrer, amo-te.

O meu amor por ti é limpo, puro, e não sujo; Talvez tu acreditasses no meu amor se me visses hoje a tarde deitada na minha cama olhando a tua fotografia os meus olhos inchados de tanto chorar, mas sempre com a esperança de que viesses, atrasado, mas pelo menos vinhas dar uma explicação ou telefonavas foste tu que falaste nessa hipótese.

Amor quero frisar-te isto: Pensa bem no que eu te digo uma mulher só sofre quando realmente ama quando deseja para si aquele homem; porque uma mulher que seja leviana não sofre por nenhum homem se o namorado não aparece sai com outras pessoas arranja outros conhecimentos e sai, não tem problemas seja de que género seja.

Eu, meu amor amo-te quero-te para meu marido quero ser tua eternamente quero ter filhos teus quero viver inclusivamente para ti e para os nossos filhos não me importo que tenhamos uma casa modesta, o que me importa é o nosso amor uma compreenção mútua, nós somos duas pessoas humanas não somos duas pessoas anormais, por isso devemos compreender-nos o meu amor por ti é grande mesmo muito grande todos e todas me dizem, deixe-o porque o atura, enfim, o que se lembram.

[Continua]



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terça-feira, 13 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 - 12 – “Martirizas-me mas amo-te…” (2)



[Continuação]
Martirizas-me
mas amo-te
Quero, ser
Tua mulher
Depressa
Amor
Amo-te
É triste, mesmo muito, estar só não ter a pessoa que mais amamos junto de nós nestes momentos tão amargurados são neste momento 24 horas e 30 minutos tomei um comprimido para dormir mas é inutil que vou fazer eu? Só tu amor só tu remediavas esta crise dolorosa, é mau muito muito, mas amo-te, gostava de chorar, mas não me é possível já não tenho lágrimas satisfazia-me a gritar expandir-me num sítio onde não houvesse gente só aí eu me sentia feliz longe de todos e de tudo só com uma pessoa essa pessoa és tu meu amor; reconheçes de que és o culpado do estado em que eu me encontro; porquê me martirizas? Porquê me humilhas?
Suplico-te amor da minha vida dá paz ao meu espírito se realmente me amas, se não sirvo para tua mulhar não me procures não faças nunca mais para te encontrares comigo.
Prefiro morrer do que viver de sofrimentos é doloroso custa-me muito sofres; Apesar de tudo, tenho confiança em ti amor descobri, que te sentes feliz vendo-me sofrer por ti pelo nosso amor, diz-me a verdade!...
Não o faças suplico-te que não o repitas muitas vezes Querido.
Não sou tua escrava nem tu o meu somos duas pessoas humanas que se amam e por isso se devem compreender, Amor vem falar com o meu pai sábado peço-te pelo nosso amor.
Amo-te muito jamais me sentiria feliz sem ti, Adalberto Pereira Graça
Tua Para toda a vida
Lisa
Amo-te
Amor
Beto

Perdoar-te-ei estes momentos triste que passei tua tua culpa, confio no teu amor.
Quero ser tua Para sempre.
Amo-te Beto
Amarte-ei toda a vida



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segunda-feira, 12 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 - 12 - “…não tenho culpa das ações que o meu fáz…”


Localidade 1/4/1974
Olá
Espero que até ao momento de leres a minha carta que andes de bom humor, e que ele não te falte para a leres. Eu lamento, mas tu não; que tudo acabe assim duma maneira tão mesquinha, porquê tu querias acabar com tudo no Domingo se tu no sabado tiveste tão bem disposto junto de mim se propriamente no sabado tu disseste que me amavas; já te disse diversas vezes que gosto de ti como és, temos aborrecimentos, não há ninguém que não os tenha; 1º não tenho culpa das ações que o meu fáz foste tu o próprio que o disseste no tempo que dizes às pessoas que estão de parte da nossa vida particular, porque não me dizes a mim, chama-me garota quantas quiseres, tu dizes que me amas eu também te amo muito e tu bem o sabes gostava de falar-te nem que fosse só mais uma vez porquê?
Vamos tentar outra vez…
temos que sofrer amor todas as pessoas humanas sofrem não sejas egoísta meu Querido, se me amares volta, de contrário não me apareças mais à frente tenho confiança em ti sei que nunca me mentiste.
Espero-te amor
Penso que todos estes aborrecimentos
é por gostarmos demais
nós amamo-nos amor
essa é a verdade.
[Continua]


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sexta-feira, 9 de abril de 2010

LIVRO II - PARTE 2 – 11 - “Carta de Carnaval”




Carta de Carnaval
Dezejando muita saúde a quem ler e ouvir esta carta.
Ca estou ca me encontro; sim porque se cá não esteve-se aqui não me encontrava, mas como eu estou, ca me encontro, eu, dezejo que não dezejo, mas se dezeja-se, dezejava, que não estive-se boa de saude, que não está; mas se estive-se estava.
Menina não sei como eido começar. Alias sei mas não quero começar, mas sempre começo, você deve conhecer um rapaz filho do meu Pai, e de minha Mãe, como eu sou que não sou, mas se fo-se era que não era, mas quero confesar-me, que não me confeço mas se confeça-se, confecava, que lhe tinha amor: que não tinha, mas se tive-se, tinha, e tudo era capaz de fazer por si que não faço, mas se fize-se era louco que não era, mas fou-se era, ate era capaz de a tirar debaixo do um comboio que não a tirava, mas se a tira-se atirava, uma hora depois, de o comboio passar, mas mesmo assim não a tirava, porque podia o comboio recoar, que não recoa-va, mas se recua-se recuava, podia me matar que não matava, mas se mata-se era por uma culpa que não era sua, mas se fou-se voçe teria alegria, que não tinha, mas se tive-se era por me ver partir, com as malas e bagajems, que não vê, mas se vi-se via, me santinho ir para o céu que vê porque se você vi-se alguma coisa, via que isto era uma carta de carnaval e que nada leva a nada. De um fulião que vende a menina por um tostão.


[sem data nem assinatura]



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